Duas mulheres

E lá estava Diana aguardando uma carona de um colega de trabalho. Mas ele estava demorando e ela tinha médico marcado. Ligou e o celular dele caiu na caixa postal. Esperou mais um pouco e, quando estava decidida a pegar um táxi, apareceu a loira gostosa do andar de cima. Notando que Diana estava agitada, a loira perguntou se estava tudo bem.

- Sim, tudo bem. É que estou atrasada e sem carona, mas vou chamar um taxi - respondeu Diana.

- Para onde você vai? Milena perguntou.

- Para os lados da 9 de julho - tornou a responder.

- Seu dia de sorte! Moro para aqueles lados. Quer carona? Convidou Milena.

Caminharam até o estacionamento e entraram no carro. Diana, assim que sentou, notou a saia de Milena ligeiramente levantada, mostrando um par de coxas deliciosamente torneadas. Procurou disfarçar o olhar, mas ela havia percebido. Foi então que notou um risinho de canto de boca seguido de uma passada de mão nos cabelos loiros e levemente ondulados. Isso a excitou, não sabia direito o porquê.

- Vai sempre para lá? Porque posso dar carona todos os dias - disse Milena.

- Não, hoje tenho médico. Moro em Pinheiros. Mas agradeço.

E seus olhos não conseguiam desviar de Milena. Subia e descia o olhar discretamente, apreciando suas pernas e coxas que estavam expostas. E subia mais ainda fascinada com o decote discreto, mas que certamente escondia seios maravilhosos. Quando se deu conta de que estava como que hipnotizada, ergueu os olhos e encontrou os dela. Não sabia o que fazer, como disfarçar a vergonha. Mas Milena não parecia incomodada, ao contrário - agora sorria abertamente.

- Pena que você tem compromisso, pois o dia hoje está pedindo um choppinho - disse displicentemente Milena.

- Na verdade não me demoro no médico. Tenho somente que entregar uns exames para a secretária - disse assustada com a audácia da resposta.

- Se for assim, posso esperar por você e iremos a um barzinho aqui perto, que tal?

- Acho ótimo - respondeu Diana, atordoada sem entender se havia compreendido o que o convite insinuava. Ou será que era coisa de sua cabeça e tratava-se somente de um convite sem segundas intenções? “Não”, pensou ela. O sorriso e o olhar de Milena não deixavam dúvidas de que ela queria algo mais.

Diana sempre gostou de homens. Ao menos era o que ela pensava, até se sentir paralisada com a visão das pernas de Milena. Mas estava começando a se questionar. Sentiu um desejo pela loira que poucas vezes havia sentido por homens. Queria ser dela, deixar-se possuir, gozar com ela. Era isso que passava pela sua cabeça quando o carro parou no endereço que ela havia dado. Se refez dos pensamentos delirantes, pegou a bolsa e disse que não demoraria, descendo a seguir.

Não demorou nem 10 minutos e já estava de volta ao carro.

- Pensei num barzinho aqui perto, mas tenho outros planos. Que tal irmos à minha casa tomar um vinho gelado? Estou ansiosa por um banho. E por você...

Diana custou a entender o que ela estava propondo. Como poderia ela dizer que a queria daquela maneira? Será que seus olhares a traíram? Sem perceber, respondeu:

- Um vinho será ótimo!

Chegaram rápido e, assim que entraram no elevador, Milena a encostou na parede, pegando seu rosto entre as mãos e, sem desviar o olhar, a beijou demoradamente, até sentir o elevador começar a parar.

Diana estava com as pernas trêmulas e a calcinha encharcada. Milena abriu a porta e ela ainda continuava lá, estática. Milena sorriu e a puxou pelo braço.

Abriu a porta e a fez entrar, pegando a bolsa de Diana e colocando, juntamente com a sua, sobre um aparador. Foi direto para a cozinha e abriu o vinho, servindo duas taças. Entregou uma à Diana, que sorveu sem tirar os olhos de Milena. Milena molhou um dedo no vinho e passou nos lábios de Diana, indo lambê-los com a língua molhada. Diana estava novamente parada, petrificada pelo tesão que estava sentindo. Mais uma vez Milena molhou o dedo e dessa vez foi escorregando pela blusa, encontrando um bico teso e duro. Diana ainda extasiada começou a abrir a blusa, botão por botão, com os olhos fixos nas mãos de Milena. Milena sorriu ao ver os seios eriçados querendo ficar livres do soutien. Ela tirou a blusa devagar e abriu o soutien, que caiu no chão. Com a boca explorou os bicos, com as mãos acariciou os seios. Diana comprimia uma perna na outra, ciente de que a calcinha era o que a impedia de ter suas pernas molhadas com seu suco. Milena a olhou e, novamente sem desviar o olhar, começou a tirar a saia de Diana que, como se entendesse o que estava acontecendo, desabou ao chão.

“Só falta a calcinha” - foi o que conseguiu pensar Diana.

Milena segurou na cintura de Diana e foi baixando a calcinha branca de renda, lentamente. Baixava e olhava. Olhava e lambia. Diana abriu as pernas assim que a calcinha chegou ao chão, completamente inebriada pela língua que a explorava sem pudores. Num movimento sem pensar forçou a cabeça de Milena contra sua virilha, se esfregando louca e freneticamente, até sentir que iria gozar. Tirou as mãos dos cabelos de Milena, mas esta sabia o que estava por vir e sugou delicadamente o grelinho de Diana enquanto percebia que as pernas dela começavam a tremer. Diana soltou um gemido baixo mas intenso, longo, e Milena abriu suas pernas para poder saborear o mel que escorria.

Diana não conseguia raciocinar. Nunca tivera um gozo tão intenso, nunca uma boca a explorara com tanta maestria. Se deixou escorregar pela parede até sentar no chão.

Milena a olhava com um sorriso enigmático no rosto, ciente de que havia proporcionado a ela uma tesão indescritível. Ela disse à Diana:

- Venha comigo, você precisa de um banho. E eu preciso fazer tudo de novo com você...