Quase...

Dia dos Namorados ganhei uma tulipa, um lucky bamboo (gente, é uma gracinha!) e um free à noite.

Fomos numa casa GLS e lá estávamos nós, no fumódromo lá de cima, olhando o povo lá de baixo. E tinha aquela morena, de cabelo curtinho, deliciosamente feminina. Eu olhando de cima, ela nem percebendo.

Descemos. No caminho do bar Cláudio a mostra para mim.

- É a morena por quem você estava babando - e a apontou com um sorriso sacana nos olhos.

Não o segui, fui direto pra ela.

- Eu estava olhando você de lá de cima, mas era impossível ver esses olhos por causa da distância - disse eu.

- E me olhava por que? Perguntou ela, como se não soubesse do óbvio da resposta.

- Porque você é um tesão...

Só olhei nos olhos e deixei minha boca tomar seu rumo natural: a boca dela. A beijei gostoso, segurando seu rosto. Ela me pegou pela mão e me levou para o canto da pista de dança. Me encostou na parede e quis fazer o que fazia com todas - dominar.

 Sorri, com um  sorriso que mostrava a ela que ELA era a presa, não eu.

Sei bem o que é isso. Nós, mulheres dominadoras, não estamos acostumadas a ter alguém nos dominando. Não porque não gostemos, mas simplesmente porque nossa postura deixa claro que somos as "alfas". Mas adoramos quem se atreve a ousar...

Ela tinha olhos azuis de gata siamesa, daqueles que doem ao se focar neles. Tinha pele aveludada, daquelas que as mãos adoram alisar. E tinha uma boca sôfrega, cheia de desejo, voraz. Eu tinha o desejo, o tesão. Combinamos perfeitamente...

Eu a olhava e não desviava o olhar. Ela me olhava e ansiava pelo que eu poderia fazer. Beijei aquela boca gostosa muitas vezes, saboreando seu gosto, alisando com a língua, sorvendo sua saliva. Lambi seu rosto, sem desviar o olhar. Minhas mãos desciam e a exploravam, delicadamente. Não, eu não era como as sapatas que ela estava acostumada a pegar nem muito menos como as mulheres que, cheias de desejos por outras mulheres, porém inexperientes, e que se deixavam levar. Eu era a mulher com tesão e que tinha atitude - atitude que a deixaria confusa e entregue.

Acariciei seu rosto delicadamente enquanto meus olhos a comiam vorazmente. Ela se deixou levar, não sem antes lutar contra seu próprio instinto de caçadora. 

- Hoje você vai ser apreciada, degustada - eu disse a ela, com um sorriso sacana no rosto.

E a beijei mais uma vez e mais várias, de olhos abertos fixos nos dela, também abertos, como se não quisessem perder nada.

Lambi meu dedo - na verdade o ensopei - e o coloquei na sua boca. Ela o chupou e lambeu. Tirei da boca dela e fui descendo pelo seu pescoço, suavemente. Desci mais ainda e encontrei o bico do seu seio, escondido num decote que mais mostrava que guardava. Apertei com as pontas dos dedos e depois com a mão toda. Continuava a acariciar seu rosto e olhar em seus olhos tão azuis que doiam.

A virei para a parede, metendo minha perna no meio das dela, mas sem tirar minhas mãos de onde estavam. E sem parar de beijar. Era uma boca macia, uma língua experiente, que há muito eu não sentia.

- Não, você não vai me dominar - ela disse.

E me pegou pelos braços, girando meu corpo e o encostando contra a parede, como eu estava fazendo com ela.

- Nós duas sabemos o que queremos e como queremos. Vamos simplesmente deixar fluir? Perguntei.

A resposta foi uma baixada de guarda, uma entrega gostosa, que nem ela mesma esperava.

Segurando seu rosto por entre as minhas mãos continuei a beijá-la, sempre olhando para seus olhos que hipnotizavam. E, hipnotizada, fui descendo minhas mãos ao longo do seu corpo curvilíneo e delicioso. Desci, subi, conheci terreno, apertei, senti. Peguei em seus seios novamente, dessa vez com mais ânsia. Apertei, brinquei com os biquinhos e tornei a descer. Acariciei e apertei sua cintura, a juntando mais ainda contra o meu corpo. Desci ainda mais e senti sua bunda, deliciosa e empinada, como se quisesse se mostrar para o mundo. A puxei mais ainda para mim e enfiei uma das mãos no meio de suas pernas. Ela amoleceu.

Fiz pressão e enchi minha mão com a bucetinha dela, ainda sobre a calça. Eu sorria sacana e ela, também sacana, me sorria de volta. Abri um botão da calça dela. Abri outro. E mais outro. E descobri sua calcinha. 

- Quero ver o que eu vou tirar - eu disse.

E apreciei uma calcinha pequenina, branca, rendada, que me deu mais tesão ainda. Enfiei minha mão por dentro dela e senti que ela estava toda molhada. Lambuzei meus dedos naquele mel e levei a mão à minha boca para sentir o gosto - divino!

Éramos só nós duas e todos ao redor olhando - olhos de cobiça, de luxúria.

Lambi meus dedos e sua boca, dizendo a ela para sentir seu próprio gosto. Ela colocou a língua para fora e eu passei os dedos molhados nela, falando baixinho no seu ouvido que queria não meus dedos, mas minha boca naquela buceta molhada e gostosa.

Para minha tristeza um amigo nosso veio me trazer meu copo e dizer que Cláudio havia me chamado para irmos, pois já era muito tarde e ele teria que acordar muito cedo, como de costume.

- Sério que você vai agora e vai me deixar assim? Ela perguntou.

Eu não tinha outra escolha - infelizmente.

- Você está sempre por aqui? Perguntei para ela.

- Eu vou achar você, aqui ou em qualquer outro lugar - foi a resposta.

Dei um beijo gostoso de despedida, daqueles que deixam um gostinho de "quero mais".

Olhei mais uma vez para aqueles olhos azuis que me penetravam inteira e fui embora...